Do Titânio ao Coração: Como a Engenharia Biomédica está redefinindo a vida humana

Imagine um dispositivo que não apenas substitui as funções de um coração humano, mas as realiza com extrema precisão e segurança, sem desgaste ao longo do tempo. Estamos falando de um coração de metal, mas não é o do Homem de Ferro.

Esse é o coração artificial de titânio, que marcou um feito inédito ao ser implantado em um paciente humano graças ao apoio de centros de pesquisa renomados, como o Instituto do Coração do Texas. Esse avanço é um marco na Engenharia Biomédica, trazendo esperança para milhões de pacientes com insuficiência cardíaca e demonstrando como a tecnologia pode salvar vidas e transformar a medicina​.

A NECESSIDADE DO CORAÇÃO ARTIFICIAL

Milhares de pessoas sofrem de insuficiência cardíaca terminal, com um número insuficiente de corações disponíveis para transplante. O coração artificial BiVACOR (empresa de medicina e tecnologia) feito de titânio e equipado com tecnologia de levitação magnética, oferece uma alternativa viável e duradoura para esses pacientes. Ele pode servir como uma solução temporária enquanto o paciente aguarda um transplante, ou até mesmo, talvez em um futuro próximo, como uma solução permanente, melhorando significativamente as chances de sobrevivência e a qualidade de vida de pessoas com insuficiência cardíaca avançada.

DESENVOLVIMENTO E MODELAGEM DO CORAÇÃO DE TITÂNIO

O desenvolvimento do coração BiVACOR envolveu complexos processos de design e modelagem, possíveis graças aos avanços da Engenharia Biomédica:

1. Escolha do Material: O material escolhido, titânio, é extremamente leve, durável e biocompatível. Essa seleção estratégica evita corrosão e rejeição pelo corpo humano, fatores essenciais para a longevidade do dispositivo.
2. Tecnologia de Levitação Magnética: Inspirado em trens de alta velocidade, o coração BiVACOR utiliza um rotor de levitação magnética para bombear o sangue de maneira contínua, eliminando o desgaste mecânico e reduzindo a chance de formação de coágulos. Essa tecnologia permite que o dispositivo opere de forma contínua e precisa, simulando os ventrículos naturais e adaptando-se às necessidades de cada paciente, conforme sua atividade física​.
3. Modelagem e Simulação 3D: Softwares de simulação digital foram usados para desenvolver o design inicial e para testar o fluxo sanguíneo, garantindo que o dispositivo funcionasse com a máxima eficiência. Com a modelagem 3D, a equipe da BiVACOR conseguiu analisar detalhadamente o comportamento do rotor magnético e ajustar o dispositivo antes de sua aprovação para testes em humanos​.

A primeira cirurgia com o coração BiVACOR foi realizada com sucesso em julho de 2024. Agora, o dispositivo passará por estudos adicionais para obter aprovação em larga escala, sendo monitorado por organizações como a FDA (Food and Drug Administration). Caso os resultados sejam positivos, o BiVACOR poderá tornar-se uma alternativa padrão para suporte cardíaco em pacientes que aguardam transplante. No longo prazo, espera-se que o coração de titânio possa reduzir a dependência de transplantes, oferecendo uma solução duradoura para insuficiência cardíaca terminal. 

O IMPACTO DA ENGENHARIA BIOMÉDICA

O coração artificial de titânio BiVACOR exemplifica como a Engenharia Biomédica está na vanguarda da inovação médica, transformando o tratamento de insuficiência cardíaca e expandindo as possibilidades de cura. Esse campo, que integra conhecimentos de biologia, engenharia e tecnologia de ponta, possibilitou o desenvolvimento de um dispositivo que salva vidas e estabelece um novo padrão de cuidado cardiovascular.

A Engenharia Biomédica tornou possível o uso de tecnologias como levitação magnética e modelagem 3D, fundamentais para o sucesso desse coração artificial, que alia durabilidade, segurança e eficiência.

Essa conquista reflete a capacidade de superar desafios complexos e de revolucionar a medicina moderna, oferecendo soluções tangíveis para problemas de saúde críticos e promovendo uma nova era de cuidados personalizados e avançados. 

Com o contínuo avanço dessa área, a perspectiva de um futuro onde tecnologias de substituição de órgãos sejam amplamente acessíveis parece mais próxima, trazendo esperança e qualidade de vida para milhões de pessoas ao redor do mundo. Quem sabe um dia não nos tornaremos “verdadeiros homens de ferro”?

Nós, da SciTec Jr., temos orgulho de possuir um núcleo de Engenharia Biomédica e poder acompanhar de perto as novidades tecnológicas que essa área inovadora proporciona. Ficou curioso sobre modelagem 3D? Precisa realizar um projeto? Entre em contato conosco hoje para uma consulta gratuita!